A engenharia de software é o coração do crescimento da IA 💡
Hoje todo mundo fala em “IA”, “Modelos de Linguagem” e “transformers”, mas a real é que quem faz a mágica acontecer ainda é o fator humano, aplicando engenharia de software de verdade. A IA só ganha vida quando programadores apaixonados unem lógica, organização, testes e visão de produto — sem isso, mesmo o melhor modelo fica no papel.
1. Por que a engenharia bate a IA?
Encontrei esse trecho exato no livro Co‑Intelligence: Living and Working with AI (ou na versão em português Co‑Inteligência: viver e trabalhar com IA) que diz 5% de algoritmo é IA e 95% de engenharia de software. Os modelos podem até brilhar, mas:
Quem define interfaces limpas, pipelines confiáveis, deploy seguro e infraestrutura escalável é você e sua equipe.
- Um sistema de IA funcional não é só um modelo treinado: é logs, testes de integração, monitoramento, documentação e reorganização constante do código base.
- E é aqui que entra o humano: entender os requisitos, fazer código legível e sustentável, revisar pull requests, gerenciar versões e definir qualidade — tarefas que os modelos ainda não dominam (pt.wikipedia.org).
Sem essa base, a IA vira script instável que desmorona no primeiro pico de uso.
2. “Attention Is All You Need”: o marco que mudou tudo 🚀
Lançado em junho de 2017 por Vaswani et al., o paper “Attention Is All You Need” apresentou o Transformer — modelo que rejeitou todas as camadas tradicionais (RNN, CNN) e usou apenas atenção para sequências (medium.com). Ele mostrou que:
- É possível processar frases inteiras em paralelo, acelerando o treino.
- O mecanismo de multi-head attention permite focar em diferentes partes da frase simultaneamente, capturando nuances – “queries”, “keys” e “values” são combinados de forma inteligente e escalável (pt.wikipedia.org, alok-shankar.medium.com).
- Isso levou a resultados de tradução muito melhores e inspirou os LLMs que usamos hoje (GPT, BERT, Claude etc.) (en.wikipedia.org).
Esse modelo mudou o jogo: de repente, todo mundo começou a estudar transformers e construindo grandes modelos de linguagem. E mesmo com o algoritmo certo, são os engenheiros que fazem acontecer: definem o ambiente de treino, distribuem carga em GPUs, monitoram perdas e garantem que o modelo possa ser usado de forma segura em produção.
3. O melhor dos dois mundos: IA + Engenharia
Vários profissionais do mercado reconhecem isso:
- Kevin Hou, chefe de engenharia da Windsurf (adquirida pela OpenAI), afirma que hoje o engenheiro precisa de código, pesquisa e metalearning — entender boas práticas organizacionais e usar ferramentas inteligentes (businessinsider.com).
- Thomas Dohmke, CEO do GitHub, acredita que as empresas mais espertas vão contratar mais engenheiros, não menos, porque é a combinação com IA que traz resultados reais (businessinsider.com).
- Mike Krieger, cofundador do Instagram, diz que no futuro próximo os devs vão delegar geração de código às IAs e focar em engenharia de produto, design e supervisão do que foi gerado (businessinsider.com).
Ou seja, IA faz o trabalho pesado, mas quem entende do sistema, do produto e garante qualidade é quem vai gerar valor.
4. Dicas pra você:
Se você quer se destacar como cientista de dados e engenheiro:
- Estude profundamente o Transformer, principalmente a parte de multi-head attention e positional encoding (pt.wikipedia.org). Entenda como ele trabalha com Q, K e V.
(pt.wikipedia.org, reddit.com, businessinsider.com). - Mantenha o estudo das boas práticas: testes automatizados, modularização, documentação e versionamento.
5. Conclusão
O avanço da IA, especialmente o boom dos LLMs, só foi possível graças a um modelo genial – o Transformer – e a um exército de engenheiros talentosos que o implementaram, testaram, otimizaram e escalaram. O algoritmo representa uns 5%, mas é quem escreve, organiza e mantém o sistema que oferece os outros 95%.
Sem engenharia, IA não passa de tese. Então, invista em engenharia de software, mergulhe no Transformer, refine suas habilidades e construa sistemas que realmente funcionem.
Forte abraço e espero no próximo artigo.
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